Seja quem você quiser ser

Nem sei se ainda lembro como escrever por aqui, afinal, já faz cerca de seis meses que não faço nenhuma postagem n'O Palco, mas, ainda lembro que padrão por aqui é algo que não existe, logo, nada melhor do que 'voltar à ativa'.
Pra ser bem sincero já faz tempo que procuro 'não gerar conteúdo' escrito, inclusive nas redes sociais, onde muitas vezes me limito a comentar postagens alheias e compartilhar vídeos ou fotos que me agradam.

Se isso tem alguma justificativa?

- Simplesmente não.

Apenas cansei de escrever em redes sociais, as sinto muito impessoais e pouco efetivas para os efeitos que procuro atingir quando escrevo, isso sem contar que me sinto 'ocupado demais' para gerar conteúdo por lá', afinal, creio que quem se interessa por algo que eu escrevo irá procurar os locais onde escrevo, sendo assim, prefiro me manter no objetivo de gerar conteúdo aqui para O Palco.

Por mais que pareça algo narcisista da minha parte, e eu adoro sê-lo, fazer as coisas dessa maneira é agir de uma forma que eu realmente quero agir, como eu disse: me aproxima de alguns 'objetivos' que tenho em mente em cada um dos meus textos.

(Falando em) Escrevendo sobre redes sociais, lembro-me de uma matéria que compartilhei há cerca de dois anos e com o recurso de rever as postagens diárias, voltei a compartilhar sobre o garoto Ryland Whittington (vide foto) que nasceu com um grave problema de audição e como algumas coisas na vida não são fáceis também nasceu menina.

Ao começar a ouvir e a falar as primeiras palavras de Ryland foram: "sou um menino" e quando completou cinco anos, os pais perceberam que aquilo era mais do que apenas uma fase e sim que a filha criança que tinham em casa não estava nem um pouco feliz em ser tratada como uma menina, e dessa maneira passaram a dar todo o apoio ao seu filho nessa fase de transição.

Sem me aprofundar muito na história do garoto Ryland na qual quem se interessar poderá procurar no Google e exercitar seu inglês, evoco também a lembrança de uma história muito conhecida na qual um menino queria ir para a festa à fantasia de sua escola vestido de princesa e os pais assim consentiram, apesar do estranhamento dos amigos e vizinhos, ao final, a fantasia do menino foi escolhida a melhor entre os 'coleguinhas', ele ficou muito feliz, e 'continuou sua vida de menino normal que não usa vestidos'.

Embora casos diferentes, um fictício e um real, eles se assemelham em dois pontos que considero principais, ambos retratando crianças que expressam suas vontades e que como toda criança, pouco se importam com qualquer opinião contrária, já o outro ponto, é a concordância dos pais, que ouviram seus filhos e se mantiveram apoiando-os em suas decisões.

Apesar de serem histórias que tratam basicamente de "identidade de gênero", acredito que sirvam como base para a compreensão várias outras situações, afinal, refletem a vontade de ser/fazer o que realmente se quer sem qualquer prejuízo aos outros, o que é algo absolutamente comum para as crianças.

O problema é que quando crescemos 'nos ensinam' que tudo o que vamos fazer na vida precisa ter o aval das outras pessoas, como se a maneira com que perseguimos nossos ideais (honestamente) realmente importasse para qualquer outra pessoa no mundo.


Logo, fica uma ideia aos leitores que já forem pais/mães: quando seus filhos disserem que (por exemplo) querem ser astronautas, comprem livros de astronomia para eles, tentem fornecer o máximo de informações para que eles descubram se realmente isso que eles almejam da vida, evitem comentários como:

- Ser astronauta é algo difícil, dá muito trabalho, tente algo mais simples.

Afinal, se ele desistir, será por conta própria e não porque algum adulto lhe disse que era algo impossível.

"Pois ninguém aprenderá a voar se lhe cortarem as asas."

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