Desejos


(texto de dezembro de 2010)

Nunca percebi o quão supérfluos podem ser os nossos desejos, quer dizer, tantas vezes desejamos ardorosamente coisas desnecessárias.
Pode parecer uma conclusão idiota de tão lógica ou idiota por si só, porém, de uns tempos pra cá começou a fazer muito sentido para mim já que no início do ano eu queria com todas as minhas forças poder ganhar um notebook, depois percebi que seria algo exagerado e passei a querê-lo apenas para a apresentação do meu TCC, depois percebi que não teria a mínima necessidade e realmente não teve, apresentei meu TCC e continuo sem notebook.
Mas o pior de tudo isso foi perceber que enquanto eu queria apenas um aparelho eletrônico talvez até por status ou algo assim existem tantas pessoas que pedem apenas uma casa para morar ou pelo menos uma roupa para vestir, não quero que isso seja entendido como um texto de assistencialismo barato (até porque nunca gostei disso), não se trata também de um texto de auto exaltação até porque como já disse não me interesso por aparecer as custas do sofrimento alheio.
É apenas a minha forma de ver algumas coisas, pois enquanto perdemos tempo desejando coisas que não tem importância, vemos diversas pessoas que desejam ter ao menos 10% de tudo aquilo que muitas vezes desprezamos.

Postar um comentário

0 Comentários